150 anos de presença diplomática de Portugal na Suíça

foto da exposição

foto dos participantes na reunião RADI

A designação em 1872 por Portugal do seu primeiro Enviado Especial Ministro Plenipotenciário na Suíça, Júlio Augusto Ferreira, Visconde de Santa Isabel, deu corpo mais estruturado ao que a história tinha vindo a sinalizar pontualmente até então, sobre a presença portuguesa na Suíça.

Os primeiros anos da relação diplomática foram pautados sobretudo pelo estreitamento de interesses económicos mútuos (assim se compreendendo a negociação do primeiro Tratado comercial em 1873 e sua renegociação em 1905), pela celebração de um Tratado sobre a extradição de criminosos ainda em 1873, por uma Convenção Consular celebrada em 1883, pela criação de um Tribunal Arbitral em Berna a pedido de Portugal, para ser dirimido o diferendo entre as autoridades nacionais e suas congénere britânicas e americanas sobre o caminho de ferro de Lourenço Marques (processo Delagoa que decorreu entre 1891 e 1900) e pelo reconhecimento suíço, mesmo antes da França, do regime republicano saído da revolução de 5 de outubro de 1910.

Projeto de Tratado de Comércio entre Portugal e Suiça

O muito rico espólio documental existente sobre o início da presença diplomática de Portugal na Suíça, hoje já na posse do Arquivo Histórico Diplomático e o trabalho conjunto efetuado no último ano entre o Instituto Diplomático e o Centro de Investigação Dodis da Academia de Humanidades e Ciências Sociais da Suíça, permitiu coligir uma série de legados escritos, agora tornados públicos, que permitem conhecer melhor a génese da relação bilateral, o que aproximou as duas Nações, que comungam hoje de valores comuns em matéria da vivência de Estados de direito, são ambos membros das Nações Unidas, propugnam pela defesa dos direitos humanos, participam na Comunidade Política Europeia e são protagonistas de um multilateralismo ativo.

Embaixador em Berna Júlio Vilela

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